Autor: Mark Lawrence
Título: King Of Thorns
Editora: DarkSide Books
Ano
da Publicação: 2014
Volume:
2
Páginas:
532
Gênero:
Fantasia, Medieval
King of Thorns, segundo
volume da Trilogia dos Espinhos, nos apresenta um Jorg muito mais evoluído.
Agora com 18 anos e recém-casado com Miana, nosso anti-herói se revela uma
pessoa melhor, o que não significa que ele tenha deixado seu lado cruel de
lado. O garoto violento e sem escrúpulos do 1º livro se torna um jovem maduro e
que aprendeu a jogar o ‘’jogo dos espinhos’’, passando a ter uma real dimensão
de sua situação e passando a orquestrar melhor os seus planos.
A
narrativa começa com o casamento de Jorg, que após vingar a morte de sua mãe e
seu irmão, aos 18 anos deseja se tornar imperador e dominar todos os reinos do
Império Destruído. Após conquistar (ou seria melhor dizer ‘’tomar’’?) o
território de seu tio e se autoproclamar o Rei das Terras Altas, Jorg agora
precisa enfrentar novos e perigosos desafios, desde enfrentar inimigos
poderosos e lidar com questões do seu próprio passado, a conseguir aliados para
lutar ao seu lado. Soma-se a isso a sua conturbada relação com Katherine, agora
prometida a um poderoso príncipe disposto a acabar com Jorg a qualquer custo.
A
cada página entendemos melhor a vida de Jorg. Mergulhamos mais a fundo na
história e entendemos coisas que não ficaram tão claras no 1º livro, como a Guerra
Centenária e as tecnologias dos Construtores. Percebemos também uma grande
evolução do nosso personagem principal, que deixa de ser uma máquina de matar e
torna-se um homem consciente de tudo o que se passa a sua volta e com
propósitos cuidadosamente tecidos em sua mente.
‘’Nós não fomos feitos para viver para sempre, nem para permanecer na solidão. Uma vida sem mudança não é vida.’’
King
Of Thorns se passa em 1ª pessoa, e além de narrada alternando flashbacks do
passado e acontecimentos presentes, a história também conta com relatos do
diário de Katherine. Assim como no primeiro livro, os diálogos são apresentados
entre aspas e não entre travessões, como normalmente são mostrados nos livros.
Ao final do Prince Of Thorns eu já havia me acostumado com o método utilizado
pelo autor, portanto não tive dificuldades. A maioria dos capítulos seguem
pequenos, possuindo uma média de 3 a 5 páginas.
Felizmente
posso dizer que apesar da demora para concluir a leitura, King Of Thorns se
revelou uma experiência melhor que Prince Of Thorns. Levei pouco mais de 1 mês
para concluir a leitura, confesso, mas a obra em si me prendeu bem mais que o
volume anterior. Ainda assim, assumo que não era isso tudo o que eu esperava. Foi uma leitura arrastada e por vezes cheguei
a pensar que não conseguiria escrever essa resenha, mas algo presente na obra me
impeliu a seguir em frente.
O
que me incomoda um pouco é o fato de o Jorg sempre se dar bem. Nas situações
mais improváveis, nosso protagonista sempre dá um jeito de se safar com vida. Sim,
entendo que é claro que ele não poderia morrer no meio do livro, mas acredito
que o autor poderia ter arriscado um pouco mais em determinadas situações.
Afinal, quando o personagem principal sempre consegue se sair bem em situações
difíceis, como se fosse invencível ou protegido por forças do além, a história se
torna previsível.
“No fim, meus irmãos, não há preço que eu não pague para vencer esse nosso jogo.’’
* Resenha de Emperor
Of Thorns em breve *
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