25.3.17

[Resenha #18] Prince Of Thorns




Autor: Mark Lawrence

Título: Prince Of Thorns

Editora: DarkSide Books

Ano da Publicação: 2013

Volume: 1

Páginas: 364

Gênero: Fantasia, Medieval




Sinopse: ’’Tem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O Príncipe dos Espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.’’


Prince of Thorns, primeiro volume da Trilogia dos Espinhos, nos conta a história do Príncipe Honório Jorg Ancrath, um garoto de 13 anos que apesar da pouca idade, é capaz de realizar as piores atrocidades para conquistar o que deseja.

Quando tinha 9 anos, Jorg presenciou o brutal assassinato de sua mãe e de seu irmão Will, de apenas 4 anos, pegos em uma emboscada. Ao ser jogado em um arbusto de roseira-brava por um dos soldados de sua família, Jorg escapa com vida, ao mesmo tempo em que se vê condenado a assistir tudo em silêncio enquanto os espinhos cortavam sua pele. Mesmo lutando para se manter consciente, o garoto consegue enxergar o brasão dos soldados inimigos, descobrindo assim o responsável pelo assassinato de sua família. Tal episódio despertou uma enorme sede de vingança em Jorg, tornando-o um garoto frio, cruel, calculista e muito sarcástico.

Pouco tempo depois do trágico acontecimento, Jorg foge do palácio em que vivia, não sem antes libertar uma irmandade de assassinos que estavam presos nas masmorras do castelo de seu pai. Logo, ele passa a viver na estrada com seus ‘’irmãos’’, roubando e ateando fogo em vilarejos, assassinando quem entrasse em seus caminhos e violando pobres donzelas.


“Assassinar é o mesmo que matar, mas com um toque extra de precisão.”


Depois de 4 anos na estrada, liderando a irmandade de assassinos, Jorg decide retornar para o palácio com seus irmãos, contrariando as expectativas de todos que achavam que o mesmo já estava morto. Após seu retorno, ele acaba se envolvendo em uma briga com seu pai pela ascensão ao poder do Império Destruído. No meio da narrativa, descobrimos o motivo do assassinato da rainha e de seu filho mais novo, o que de certa forma, nos leva a entender Jorg e seus ardilosos planos. Nosso príncipe não é um vilão, porém está longe de ser um mocinho. Apesar disso, mesmo com toda a sua violência e barbaridade, é impossível não sentir o mínimo de empatia por Jorg. Nosso personagem tinha tudo para ser um príncipe odiado, e não sei que macumba Mark Lawrence fez, mas á todo momento torci para que Jorg conquistasse seus objetivos. Alguns dos membros da irmandade, como Nubano e Sir Makin, também me conquistaram.

Em dado momento, Jorg começa a se questionar se suas ações eram suas ou se ele estava sendo manipulado por alguma força desconhecida que havia invadido sua mente para pregar-lhe peças. Com isso, ele percebe que seu maior inimigo pode não ser o reino vizinho, mas sim sua própria mente.

A qualidade gráfica do livro, que já é marca registrada da editora, é de cair o queixo. Com uma capa dura aveludada lindíssima e uma revisão muito bem feita, Prince of Thorns é de encher os olhos até do mais desatento leitor. Além disso, a história é repleta de personagens bem elaborados, lutas, violência, assassinatos brutais, sarcasmo, riqueza de detalhes e uma leve pitada de humor. 


’’Poucas coisas que valem a pena são fáceis de conquistar.’’

A estória é narrada alternando flashbacks do passado e acontecimentos presentes, se passa em 1ª pessoa e tem como diferencial a forma como o autor nos apresenta os diálogos. As conversas entre os personagens não são mostradas com travessões, como normalmente são na maioria dos livros, mas sim com aspas. Foi uma experiência diferente e inicialmente estranha para mim, já que estou acostumada a ler livros que mostram diálogos da forma convencional, ou seja, com travessões, mas depois de alguns capítulos acabei me acostumando com o método usado pelo autor. Além disso, os capítulos são pequenos, possuindo uma média de 3 a 5 páginas, o que é ótimo, já que odeio capítulos grandes demais.


‘’Agarre-se a uma coisa por muito tempo, um segredo, um desejo, talvez uma mentira, e ela moldará você.’’

Infelizmente me sinto obrigada a dizer que Prince Of Thorns se revelou uma decepção na maior parte do tempo. Calma, não estou dizendo que o livro é horrível e uma grande perda de tempo. Longe disso. O problema é que eu desejava ler esse livro há pelos menos 2 anos. Em 2015, adquiri o 1º volume da trilogia e decidi aguardar enquanto não comprava os volumes seguintes. Apenas na Black Friday de 2016 consegui completar a coleção, então resolvi iniciar a leitura no começo desse ano. Nesse meio tempo alimentei muitas expectativas, sempre imaginando que seria um livro absolutamente incrível.


‘’Tudo aquilo que você não pode sacrificar se torna um fardo. Transforma você em alguém previsível, fraco.’’

Não sei se isso aconteceu porque eu não estava num clima para leituras ou porque realmente não era isso tudo que eu esperava, mas a leitura se desenvolveu de forma extremamente lenta, demorando mais de 2 semanas para terminar um livro com menos de 400 páginas. Vergonhoso, admito, mas o livro não me agradou tanto assim e acabei deixando-o de lado por alguns dias. Apesar disso, o enredo se tornou mais interessante a partir da metade do livro em diante. O final, de todo modo, foi satisfatório, e mesmo sem pontas soltas me deixou curiosa pela continuação.


‘’Diga-me, tutor. A vingança é uma ciência ou uma arte?’’


* Resenha de King Of Thorns em breve *


Classificação:


Anterior Proxima Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Volte sempre e até a próxima!
Comentários, seguidores e visitas serão retribuídos com prazer.